As Cinquenta Sombras de Grey estreou a 12 de fevereiro mas muitos casais reservaram-se para vê-lo no dia dos namorados. A crítica atacou o filme no dia de estreia e realmente não percebo a atenção ou polémica em volta deste filme. Quanto à questão do número de bilhetes vendidos… Uma adaptação cinematográfica de um best-seller que se tornou um fenómeno global obviamente que vai ter muitos espectadores, diria até que esse valor duplica pois muitos namorados acompanharam as suas mais que tudo (que leram o livro) a ver o filme. Pelos vistos a crítica ficou escandalizada com o número de espectadores que foram ver o filme, que sentiram necessidade de frisar que o filme é uma merda. Merecia, este filme, tanta atenção da imprensa e da crítica em primeiro lugar? Não, porque o filme não passa de uma comédia romântica sobre um sadomasoquista que (re)descobre o verdadeiro amor.

Anastasia Steele (Dakota Johnson) é uma estudante de literatura jovem e inexperiente. Christian Grey (Jamie Dornan) é o temido e carismático presidente de uma poderosa corporação internacional. O destino levará Anastasia a entrevistá-lo. No ambiente sofisticado e luxuoso de um arranha-céus, ela descobre-se estranhamente atraída por aquele homem enigmático, cuja beleza corta a respiração. Voltarão a encontrar-se dias mais tarde, por acaso ou talvez não. O implacável homem de negócios revela-se incapaz de resistir ao discreto charme da estudante. Ele quer desesperadamente possuí-la. Mas apenas se ela aceitar os bizarros termos que ele propõe… Anastasia hesita. Estará pronta para ceder? A resposta é não.

A crítica vendeu ao público, que desconhece a trilogia, que o filme glamourisa a violência doméstica e ataca o filme por não se tratar, afinal de contas, de um filme pornográfico. Em momento algum o filme glamourisa a violência contra as mulheres, muito pelo contrário, Anastasia (a submissa de Christian Grey) não aceita estar com ele naquelas condições extremas, pelo facto de ele sentir prazer pela dor dela. E quanto ao nível de nudez no filme ou cenas de sexo, estão no ponto sem nunca se tornar num filme erótico ou pornográfico.

Uma crítica sincera de quem não leu os livros? É um Twilight para adultos. Da mesma forma que Edward é um vampiro e se apaixona por uma humana ingénua, Christian Grey é um sadomasoquista que se apaixona por uma miúda virgem. O vampiro mata humanos e bebe do seu sangue e o sadomasoquista sente prazer ao provocar dor no outro… para não mencionar que os dois possuem mansões que nos fazem roer de inveja.

Repleto de cenas de humor, o próprio filme usa a inocência da Anastasia para gozar com a própria temática do sadomasoquismo (estamos a relembrar a cena em que ambos discutem os parâmetros do contrato entre o dominador e a submissa…) ou então afirmações como “I don’t make love, I fuck” fazem-nos soltar uma gargalhada.

A banda sonora é o grande ponto positivo do filme que reúne artistas como Annie Lennox, Sia, Ellie Goulding, Frank Sinatra e Beyoncé, que regravou uma versão mais dark de “Crazy in Love”. Vale a pena ouvir:

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