Segundo as estatísticas 1981 foi o ano mais violento na história da cidade de Nova Iorque. É com base nestes dados que a trama épica de UM ANO MUITO VIOLENTO se vai desenrolando frente aos nossos olhos. Não quereríamos lá estar e, no entanto, não se consegue despregar olho do grande ecrã para seguir a estória da luta de Abel Morales (Oscar Isaac) e da sua família para expandir um negócio na mítica cidade do ouro americano, onde chegam como imigrantes. Porém, o típico sonho americano ameaça ruir a todo o momento face a um fundo de violência crescente e quase selvagem, num cenário de decadência e corrupção assustadoras.

Quem é Morales, comerciante imigrante nesta Nova Iorque de inícios dos anos 1980? Vítima ou oportunista, a complexidade do filme deixa ao espectador a tarefa de decidir. O certo é que os anos seguintes virão a mostrar que o comerciante é o herói perfeito da década, o pioneiro ambicioso de um tempo sem escrúpulos e cheio de oportunidades. É dessa época a ascensão de Wall Street, a desregulação da banca e o ressurgimento de Manhattan como o grande recreio milionário do mundo.

Aparentemente, mais um filme com o sonho americano como pano de fundo, o filme é tudo menos comum. Desde as interpretações brilhantes de Oscar Isaac e Jessica Chastain (o National Board of Review (NBR) acaba de lhes atribuir um prémio de interpretação) num desempenho emocionante, até ao estilo elegante da realização de J.C. Chandor, tudo é magnífico neste filme, que alcançou, também no passado mês de janeiro, a importante distinção do NBR como o melhor filme do ano de 2014. Não percam!

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