Enquanto Somos Jovens é um retrato feito com alguma ironia sobre uma realidade bastante concreta: a vida e os problemas existenciais de uma pseudo-elite intelectual de Nova Iorque, com pretensões ao título de realizadores de cinema no género do documentário. “Elite” com a qual o realizador da obra se deve identificar uma vez que deixa evidenciar nela a inclinação para um exercício de auto-reflexão.
O problema é perceber onde termina a crítica e começa a descrição realista, de um universo pejado de gente imbecil com conflitos patetas (aliás este poderia ser o título para a tradução em português). Infelizmente este defeito não se encontra no filme propriamente dito, mas na realidade que explora pois, no meio de tanta estupidez, existe alguma honestidade naquilo de que se fala. Por isso o conflito do filme é a sua própria existência, uma vez que os aspectos negativos que o perfilam são a própria essência da obra. Como objecto narrativo, interpretativo e técnico pouco há a apontar que denigra o filme, mas de conteúdo é execrável, porque que é realista. Talvez a palavra paradoxal seja a mais apropriada, mas eu prefiro dizer apenas que é triste.
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