Visitámos Amsterdão em 5 dias e soube a pouco!
Como somos adeptos das viagens sem precalços fazemos pesquisas exaustivas sobre o destino escolhido antes de qualquer viagem. Assim conseguimos aproveitar ao máximo e gerir de forma inteligente o orçamento disponível. Com esta viagem não foi diferente.
Descobrimos que Amsterdão tem um cartão turístico, muito parecido com o LONDON PASS, o I AM AMSTERDAM, que nos permite visitar uma série de atrações entre 24h a 72h, por um valor fixo. Adquirimos o cartão de 72h pois assim podíamos usá-lo em 3 dos 5 dias que lá íamos estar.
Visto que o cartão dá acesso maioritariamente a museus toma nota que estes abrem às 10h e fecham as 17h (salvo raras excepções) – logo, mesmo com um cartão de 72h, nunca vais ter tempo de ver tudo.
Faz imensas pesquisas e consulta agendas culturais e as respectivas agendas dos espaços ou museus que queiras visitar através do cartão. Foi assim que descobrimos que alguns museus fecham às 22h, como o Van Gogh às sextas feiras e o museu de Anne Frank aos sábados (atenção que este último não está incluído no cartão I Am Amsterdam). Como viajámos de quarta a domingo, foi perfeito!
Dia 1
[thb_dividers style=”style4″]Assim que chegámos ao aeroporto de Schipol comprámos o cartão I Am Amsterdam. Para além do cartão resolvemos adquirir um bilhete diário para viajar fora de Amsterdão. Menciona a oferta da revista A-Mag pois o staff tem por hábito esquecer-se de oferecer a mesma.
Ao contrário do que li em muitos blogs, o cartão I Am Amsterdam não inclui viagens de comboio (NS), só de metro, autocarro e eléctrico. Por isso para se digerirem ao centro vão ter que apanhar o comboio até Zuid e lá apanhar o elétrico em direcção a Amsterdam Centraal.
Chegados ao hostel decidimos caminhar até ao centro e conhecer a noite de Amsterdão. Obviamente que nos perdemos um pouco mas também faz parte, descobrir os canais de Amsterdão à noite é simplesmente mágico. Não fosse o frio e os chuviscos teria sido bem mais agradável.
Um pouco à nora, deparámo-nos com vários majestosos edifícios, ruas estreitas e lindíssimas que pareciam museus e no percurso de volta demos com a feira popular que estava instalada nessa semana na praça Dam. Ficamos impressionados com a altitude de algumas atrações e também tentados… Mas estávamos cansados da viajem, com as roupas húmidas e o frio já incomodava. Voltámos para o hostel.
[nextpage title=”Dia 2″]Dia 2
[thb_dividers style=”style4″]Rumo ao norte da Holanda, fomos visitar o Zuiderzeemuseum localizado em Wierdijk no centro histórico de Enkhuizen. É um museu dedicado à preservação do património cultural e marítimo da antiga região de Zuiderzee. Um museu ao ar livre (aberto de março a outubro) com edifícios autênticos, como uma igreja, um fumeiro, uma escola, lojas e casas das aldeias piscatórias circundantes. Funcionários e voluntários demonstram artesanato histórico e vida diária dos que ali viviam. O espaço é enorme e tivemos que vê-lo a “correr”. Se preferires, dedica um dia inteiro para conhecer esta região e visita também o Museu interior.
Nós tentámos ainda visitar outro ponto turístico no norte da Holanda: Zaanse Schans. Um museu ao ar livre com uma bela coleção de moinhos e casas históricas em óptimo estado de conservação.
(esta foi a melhor foto que conseguimos àquela hora).
Perdemos muitas horas nas viagens e trocas de autocarro e chegámos ao por-do-sol. É um atração que merece umas boas horas para visitá-la e de preferência de dia. Por isso aconselho que não faças estas duas atrações no mesmo dia e opta por uma.
De volto ao centro, fomos jantar a um restaurante italiano, o Ava Thomas. A Holanda não se destaca pela gastronomia, por isso a escolha do restaurante não foi premeditada. Únicas condições: bom ambiente e bom preço – assim se confirmou, e a comida estava óptima.
Ainda deambulamos noite fora e visitámos a famosa rua Red Light District.
Esta rua atrai principalmente os turistas do sexo masculino, de qualquer faixa etária, e é de esperar que estas montras animadas chamem pela clientela… mas estas preferem estar ali sentadas, vidradas no telemóvel a ouvir música com phones e a mandar mensagens… o negócio já não é o que era… (risada).
Dia 3
[thb_dividers style=”style4″]Na parte norte de Amsterdão, do outro lado do rio, vais encontrar um edifício moderno, o EYE, o instituto de cinema holandês e podes visitá-lo gratuitamente apanhando o ferry em Amsterdam Centraal que também é gratuito. Mesmo ao lado do EYE existe o popular letreiro do “I Amsterdam“. Como se situa um pouco mais afastado do centro, está mais desocupado e podes tirar as tuas fotos à vontade.
Do EYE fomos visitar o NEMO, o museu da ciência que, sinceramente, não vale muito a pena pois é mais direccionado aos mais novos. A escadaria deste museu compensa a sua visita pois oferece-nos uma vista panorâmica sobre a cidade (o acesso à escadaria é gratuito). O Museu da Marinha está mesmo ao lado e inclui uma réplica de um navio da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, o Amsterdam, que, pode ser visitado.
Deambulamos pelas ruas e canais da cidade até à casa do famoso pintor holandês Rembrandt que viveu e pintou entre 1636 e 1658. Lá fazem demonstrações com horários marcados, por isso informa-te desses horários antes de agendares a tua visita.
Para terminar a tarde, aproveitámos para fazer uma viagem de barco pelo canal. Apanhamos o barco das 18h o que nos permitiu conseguir uma luz de final de tarde e inicio de noite. A viagem é cerca de 60 minutos. Como o tempo até estava estável, decidimos passar novamente pela praça Dam e petiscar as famosas batatas britas com maionese. Como às sexta-feiras o Van Gohg fecha às 22h aproveitámos para visitar o museu.
O Museu fica perto do Rijskmuseum e aproveitámos para tirar algumas fotos nessa praça junto do letreiro “I Amsterdam” mais concorrido. A noite estava a agradável e aproveitámos para andar a pé e demos com o Hard Rock e terminámos a noite num minúsculo bar perto do hostel, que parecia uma casa de bonecas com miniciosos detalhes.
Dia 4
[thb_dividers style=”style4″]Chegamos ao quarto dia e com tanta coisa ainda por ver. Desejosos por conhecer mais da história de Amesterdão, apressamo-nos a sair do hostel rumo ao Museu de Amesterdão. Aqui ficamos a conhecer tudo sobre o passado, presente e futuro da cidade.
O museu de Amesterdão foi inaugurado em 1926 no bairro de “Waag” como dependência do Museu Stedelijk. Em 1975 o museu passou para o edifício imponente entre a Kalverstraat e o Nieuwezijds Voorburgwal. Em 2011, o até então conhecido Museu da História de Amesterdão assumiu o nome de Museu de Amesterdão. Esta mudança de nome sugere que o museu não só relata o passado da cidade, mas também o presente e o futuro.
Na Idade Média, o edifício era o convento de São Luciano: um convento para mulheres com cervejaria e gado próprio. A quinta das freiras encontrava-se no lugar onde hoje está o Café do Museu. Não deixem de passar por lá, à entrada, do lado esquerdo. Nesta época do ano o chão fica repleto de folhas caídas das árvores e preenche-se de cores. Vão ficar radiantes com as lindas fotos outonais que podem conseguir neste recanto do museu simplesmente maravilhoso.
O elétrico é um meio de transporte bastante prático na cidade mas não nos leva a todo o lado e ainda bem – pois assim permite-nos caminhar junto aos canais e apreciar toda a beleza que nos rodeia. Próxima paragem: Museu da Fotografia Huis Marseille. É um lugar para quem gosta de fotografia. Huis Marseille é o primeiro museu de fotografia em Amsterdão, localizado na Keizersgracht. Este museu centra-se na fotografia como uma expressão de arte. Desde 1999 em cada três meses pode ver uma nova exposição. Vale a pena visitar nem que seja para apreciar o esplendoroso jardim através da janela de uma das salas do museu.
Depois do museu da fotografia visitámos o Museu do Queijo onde tivemos oportunidade de experimentar vários tipos de queijo – imperdível (para quem gosta!)
E o dia foi dedicado para conhecer mais da história e do quotidiano de Amesterdão, foi museu atrás de museu… Visitámos o Museu da Casa Flutuante (sim, aqueles barcos que estão parados nos canais, que são na verdade casas). Este encontra-se atracado próximo da Casa de Anne Frank. É uma oportunidade maravilhosa para ver como é a vida dos holandeses e não apenas dos que vivem em casas flutuantes, já que a decoração é típica do país.
Passamos ainda pelo Museu da Tulipa, não é nada de especial, é bastante pequeno e conta-nos a história das tulipas de um ponto de vista mais comercial e como a mesma influenciou os mercados… mas o aguardado momento tinha chegado. Parámos no famoso local que vende a melhor tarte de maçã da cidade, no Winkel 43. Acompanhado de uma chá de hortelã fresca – lanche perfeito!
Parece loucura mas ainda tivemos tempo de visitar o estádio do Ajax que fica a 10km do centro da cidade, com direito a visita guiada e tudo!
Não estava nos nossos planos iniciais visitar o Museu de Anne Frank, não só por não estar incluido no I am… Amsterdam mas também pelas filas intermináveis que pareciam não ter fim. Decidimos arriscar (por se tratar de um sábado, fechava mais tarde)… e julgo que estivemos na fila para entrar, pouco mais de 1h30. Se há museu que vale a pena visitar é este, sem dúvida alguma. Dentro daquela casa vive-se uma mistura de sentimentos que nos torna vulneráveis e não nos deixa ficar indiferentes à tragédia que abateu as vítimas do holocausto.
Durante a noite aproveitamos para passear e aproveitar a última noite em Amesterdão e como não podia deixar de ser, conhecer as famosas coffee shops… há umas mais comerciais que outras, mas sabes sempre quando passas em frente de uma delas, o cheiro não engana.
[nextpage title=”Dia 5″]Dia 5
[thb_dividers style=”style4″]Dia de despedida da cidade e por mais irónico que seja, o nosso único dia de sol. Aproveitámos para visitar o enorme e belíssimo parque Vondelpark onde aproveitámos para tirar muitas fotos.
Mais tarde parámos na praça do Museu Rijkmuseum para visitar algumas barraquinhas especialmente a das stroopwaffles (fazem na hora) comemos uma bem quentinha… tão bom! Ainda tivemos tempo para caminhar pela cidade e visitar a Brouwerij ‘t IJ e experimentar algumas cervejas artesanais.
Para terminar fomos à busca de souvenirs e partimos para o aeroporto.
Até breve Amsterdão.
muito fixe!
boa escolha.