Quando vindo de Hollywood só podemos esperar grandes produções com alto custo de investimento, principalmente nos efeitos especiais, para nos fazerem acreditar que o planeta Terra está a ser atacado por alienígenas ou por qualquer outra entidade tirânica, ver um filme como A Supremacia dos Robots – de origem inglesa e recursos muito inferiores à média – acentua o ridículo que é a tentativa destas produções competirem com as norte-americanas.
O filme respeita integralmente a premissa do género, desde o arquétipo do inimigo que impõe um regime totalitário, por se achar superior à espécie atacada, passando pela personagem que descobre os seus poderes messiânicos e é capaz de destruir o invasor, restituindo a liberdade humana.
Não há nada de errado em seguir esta solução narrativa, até porque, quando se trata este tipo de temas, é difícil de fugir a uma estrutura tão poderosa, assente em bases mitológicas, onde um povo ameaçado pela sua extinção encontra a salvação na figura do “escolhido”. O problema está na falta de meios que suportam os fins, resultando num objecto medíocre, patético e sem interesse nenhum.
Aqui se percebe a importância de procurar uma boa ideia, original e capaz, com os meios à disposição, de competir com uma indústria que, devido à sua história, desenvolveu técnicas de produção muito poderosas. Cabe às produtoras, de recursos orçamentais baixos, ter essa inteligência, em vez de se tentar equiparar à grande industria.