A evolução tecnológica torna-nos vulneráveis. A massificação de produtos e soluções informáticas leva a que, de uma forma inconsciente, nos tornemos dependentes. Esta dependência pode ser vivida de duas formas: para o bem e para o mal. Como “de mal” estamos nós fartos, este artigo traz algumas (não tanto, para uns) novidades para os mais aficionados em cinema/televisão.

Media Center é um termo vulgarmente utilizado quando queremos referir-nos a um sistema informático (normalmente controlado por um computador ou “sucedâneo”) capaz de acumular e distribuir elementos de média (audio, video, fotos). Há vários sistemas de Media Center, para vários orçamentos e gostos pessoais. Aqui pretendo apresentar o conceito genérico e algumas dicas que vos permitirão montar o vosso Media Center ou, pelo menos, saberem escolher o que melhor se adapta à vossa realidade (gosto pessoal vs disponibilidade financeira). Tudo começou com a moda de “sacar” filmes da internet, filmes que estavam a estrear ou até mesmo antes de saírem para as salas de cinema. Facilmente conseguíamos ver toda a saga d’O Senhor dos Anéis sem sair de casa e gastar um tostão. Com a evolução tecnológica, a qualidade exigida passou a ser maior, começaram a ser frequentes as versões em HD e o cinema pirata estava, cada vez mais próximo do real. Com um bom computador, uma boa televisão e um simples cabo, as sessões/noitadas de cinema substituíam algumas saídas para discotecas e bares. Mais cómodo, mais confortável e bastante mais barato, o cinema em casa ganhava adeptos. Rapidamente se percebeu que esta era uma moda que tinha aparecido e que, qual Toyota, “Veio para ficar” (anúncio da Toyota, dos anos 80). A utilização de computadores “antigos” para criação de Media Center rapidamente caiu em desuso graças às alternativas comerciais existentes.

A solução mais conhecida é a AppleTV. Não sendo propriamente um Media Center, permite o visionamento de vídeos na TV, vídeos esses transmitidos via wireless por um computador. Esta solução, ideal para muitos – principalmente os amantes da maçã – exige que haja um computador a fazer a emissão propriamente dita, … mas é Apple, é bom, funciona bem e não parece incomodar muita gente. À semelhança com o que acontece nos telemóveis, também o sistema Android “lançou” umas pens USB que, ligadas à TV, e com um sistema tipo XBMC instalado permitem o acesso muita informação. Filmes, canais estrangeiros (e alguns nacionais bloqueados/pagos), etc. A própria possibilidade de transformar uma TV em uma SmartTV a um preço inferior a uma centena de euros. Vejam com que rapidez o investimento fica pago… Pessoalmente, e para conhecimento geral, a minha escolha recaiu sobre um RaspberryPi.

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É um mini computador que funciona com um cartão SD de 4Gb, está ligado via wireless à rede internet lá de casa e tenho um teclado/rato (também) wireless. Com 70€ construí a minha estação de televisão pessoal… Agora é só sentar no sofá, pipocas, …. e bom Filme!

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