Corre, Rapaz, Corre é mais uma obra cinematográfica assente na história do genocídio nazi sobre o povo judeu. A característica de ser do ponto de vista de uma criança, também não é nada de novo na história do cinema. De qualquer forma vale o esforço da sua criação.

O facto de ser uma produção europeia e baseada numa obra literária, inspirada numa histórica verídica, ajuda a contornar o filme com traços realistas. O apoio da produção a uma realização eficaz, concretiza, de forma positiva, o objectivo de levar à grande tela os dias agonizantes de um jovem sobrevivente aos terrores do holocausto. Durante cem minutos acompanhamos Srulik Fridman no seu êxodo pessoal, empurrado por um instinto de sobrevivência de dimensões heroicas.

Embora o trabalho dos actores nem sempre seja eficiente e os acontecimentos – muitas vezes contados de forma demasiado precipitada -não criam o envolvimento necessário para justificar a sua existência, o sentimento de empatia pelo pequeno grande herói é inevitável. Os defeitos apontados não impedem que o filme se vá adensando no tempo, envolvendo paulatinamente o espectador no drama. Os efeitos visuais muito apurados e uma estrutura eficaz, que se serve de alguma não linearidade para apurar as subtilezas do drama, ajudam a resolver os problemas de encenação. A trama do filme segura firmemente a história, contada com a precisão necessária para chegar ao nervo sensibilizado do público.

Assim se justifica a repetição do tema holocausto, assunto com profundidade, importância e peso histórico, suficientes, para continuar a ser retratado pela sétima arte.

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