O ano de 2014 finda como qualquer outro, ou não, ou não…
Eu que, imodestamente, confesso, sempre me vi como um gajo entendido em determinadas matérias, subitamente, vejo-me condicionado no meu, pelos vistos, curto léxico, por termos e “aplicações” como governance, stake holders, industry views e tudo o que é corporate, e que invade de tal forma as nossas casas que nem nos apercebemos da lavagem elaborada junto das presentes gerações. Todos estes termos que penetraram no nosso glossário diário como lixos tóxicos bancários, bancos novos e bancos velhos, que raio é isto?! O fim da confiança nos bancos? O regresso ao dinheiro de colchão?
No fundo, vejo estas questões mais como uma analogia para que nós, os do género masculino que fazemos o governance do século XXI, ao menos pensamos assim, retornemos a outro estado mais primitivo de existência, nem que seja pelo aparente mau “aspecto”. É a moda dos lumbersexuais, os homens viris, barbudos, que usam calças de ganga, camisas de flanela e que abrem garrafas de cerveja com os dentes.
Concordo, em toda a linha, com a virilidade que temos de demonstrar com a realidade actual, mas eu, nos meus tempos idos de faculdade, já lá vão esses bons vinte e tal anos, fosga-se, fui um protótipo de lumbersexual, ou algo parecido, pelo menos, estava munido de farta barba, usava camisas de flanela, botas de lenhador, por óbvias razões económicas e de preguiça e, garanto-vos, a questão da barba até dá jeito no Inverno, mas é chato quando se come sopa, leva-se uma porrada de horas, até se lavar a cara a preceito, com o odor de caldo verde ou sopa da pedra a entranhar-nos pelas narinas As camisas de flanela dão jeito até chegar a Primavera, após o início desse período do amor tornam-se chatas as chagas nas axilas e as botas, bom, as botas dão jeito para quem tiver capacidade financeira para investir em meias de combate indefinidamente ou para quem não saiba o que são umas boas sapatilhas. Sim, sapatilhas, caros amigos, o Ténis é um desporto, não um calçado. As calças de ganga, essas, se puderem, usem-nas para sempre. Eu vou tentando…
Observo a nova moda dos lumbersexuais que, contam aterrar na Portela, definitivamente, em 2015, como algo passageiro. Mas será mesmo assim?
Caros amigos, eu também duvidava no (des)governance do Bes, da falta de Corporate do (des)Governo, e vocês, caríssimos, veriam a queda dos metrossexuais como algo atingível antes do final de 2014?!
Serão os Lumber algo low cost ou a tentativa para um 2015 misturado de lumber, metro, ex-governance e mais estupidez ainda?!
Bom ano e boas leituras. Eu, já deverão saber, mantenho o uso da ganga, agora a barba… só se não comer sopa…e abrir cervejas com os dentes, epá, tantas marcas que já nos facultam a abertura fácil…
Um grande, e opcional, 2015!