Enquadrado num espaço, tempo e realidade indefinida, mas assumidamente inspirado na idade média, Os Últimos Cavaleiros leva o público a uma aventura longínqua, acompanhada por cavaleiros destemidos, ministros corruptos e imperadores autoritários, onde os valores que se fazem sobressair são os da nobreza e da coragem.
Com um enredo bem construído, ao serviço dos objectivos procurados, a intriga consegue captar aquilo que se supõe ser o espírito da época medieval, quando o despojamento pessoal de alguns, em beneficio de ideais maiores, contrapunha e lutava contra interesses mesquinhos e egoístas de outros.
Quebrando esta harmonia, as personagem pertencentes ao enredo apresentam uma face multicultural completamente desfasada da proposta narrativa. O leque de actores pertencentes à obra são de nacionalidades díspares, suponho que por motivos de co-produção, e quando o pilar da história é a defesa de uma nação, essa particularidade estranha passa a ser um elemento distractivo ao próprio filme. Ainda por cima, fazendo a ressalva ao trabalho de Clive Owen e Morgan Freeman, as interpretações são bastante medíocres.
Para completar o somatório de defeitos, é de acrescentar o fraco trabalho de realização, principalmente nas sequências de violência, onde a confusão provocada no olhar do espectador, ganha preponderância em relação ao estilo que pretende impor.
Aquilo que deveria ser um filme exótico pelas características que o distinguem, acaba por cair na banalidade de uma obra que se confunde, pela insatisfação que provoca, com muitas outras do género.
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