Sobriedade e rigor marcam decoração masculina

Cada vez há mais homens a viver sozinhos. Muitos por opção mas também por circunstâncias da vida que não são para aqui chamadas. Ainda assim, um homem a viver sozinho não é sinónimo de uma casa super minimalista apenas com um colchão no chão, duas panelas, um prato e um copo. Nada disso! A Clever pode afirmar que a situação é bem diferente e que há casas de homens com decorações tipicamente masculinas e… fantásticas! Porquê? Porque a procura de conforto que inicialmente era apenas uma questão de necessidade passou a ser, também, um prazer.

Mergulhando no mundo da decoração, fomos à procura de respostas para algumas questões relacionadas com o tema decoração masculina. E encontrámo-las com a ajuda de um dos mais reconhecidos nomes da arte da decoração em Portugal: Pedro Guimarães. Como ponto de partida, o decorador não tem qualquer dúvida em afirmar à Clever que “existe uma decoração tipicamente masculina“. Tal como também não tem qualquer dúvida de que “no mundo da culinária como no da decoração há mulheres seguramente notáveis, mas os grandes chefes ou os grandes decoradores são de longe maioritariamente homens“.

Posto isto, não é de estranhar que existam casas de homens com decorações deslumbrantes, fazendo esquecer, cada vez mais, a ideia de que a casa de um homem é desprovida de conforto, comodidade, estética e bom gosto. E como é que se consegue tudo isto? Parece difícil para quem nunca se atreveu a decorar a sala ou o quarto lá de casa, mas Pedro Guimarães faz com que a tarefa de uma decoração tipicamente masculina não seja, à partida, assim tão assustadora. Pelas palavras do decorador, até parece fácil. “Sobriedade e rigor” são os pontos característicos de uma decoração tipicamente masculina.

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A Clever pergunta: e como é que se consegue essa sobriedade e rigor? Sim, porque aqui estamos a falar de encontrar um equilíbrio entre estes dois aspetos. Para Pedro Guimarães, o equilíbrio consegue-se através da conjugação certa de materiais, paletas de cores e objetos decorativos. Na busca por este equilíbrio, que também passa pela personalidade do dono da casa, o decorador defende que existem, claramente, materiais e cores típicos em decorações marcadamente masculinas. “Embora todas as cores possam por vezes ser usadas, os homens têm tendência a preferir mais os castanhos, pretos, cinzas ou branco. Como materiais, as suas preferências vão para as madeiras raras, couros, camurças, veludos ou tweeds“.

Tendo tudo isto em conta, o decorador, que tem atelier e loja no Porto, lembra que existem traços típicos e comuns numa decoração tipicamente masculina, mas que o resultado final numa decoração muda bastante dependendo da idade, perfil, área profissional e até mesmo maneira de ser e de estar na vida de cada um. “Por exemplo, um escritório na administração de um banco ou de um advogado, não terá semelhança aparente com o gabinete de um estilista ou a casa de um cantor rock“, esclarece Pedro Guimarães.

DICA
A Clever desafiou o decorador Pedro Guimarães a deixar algumas dicas de decoração para os nossos leitores, principalmente aqueles que estão apostados em fazer algumas mudanças lá em casa. O decorador aceitou de imediato, esclarecendo que cada profissional da área tem o seu estilo muito próprio. Pedro Guimarães revela que evita a “utilização de padrões fortes e agressivos, tanto em revestimento de paredes como em estofos”, seguindo quase sempre “a opção de uma base neutra, podendo dar assim maior realce a qualquer obra de arte que com essa base ganha bastante mais destaque”.

Com base nestas grandes dicas, agora é hora de meter as mãos à obra e boas decorações aí por casa. Aqui na Clever, também já andamos com ideias… a ver vamos!

Pedro Guimarães: o início

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Pedro Guimarães é, seguramente, um dos nomes de maior referência na decoração em Portugal. Tudo começou em 1968 quando Pedro Guimarães aceitou o convite de Joaquim Mitnitsky para trabalhar em decoração no seu atelier, depois de se ter formado em pintura, na cidade de Lisboa.

Durante quatro anos desenvolveu a atividade de decorador no atelier de Joaquim Mitnitsky mas depois decidiu aventurar-se por conta própria tendo aberto a sua primeira loja no Bairro Alto, em Lisboa. A loja chamava-se Obelisco. Em 1976, Pedro Guimarães abre loja no Porto, cidade que ainda hoje o acolhe.

O trabalho do decorador pode ser visto em pedroguimaraeslda.com

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